Você já pensou em montar uma balança caseira? Pois é. Saiba que é possível fazer umas boas experiências com o uso de esponjas condutoras. Esse tipo de esponja é encontrado em embalagens de circuitos integrados dos mais variados tipos.
Com o uso de um pequeno multímetro é possível testar o seu funcionamento. E para uso definitivo, pode-se construir um pequeno circuito cuja saída sensibilize um instrumento do tipo miliamperímetro.
Eu até gravei um pequeno vídeo falando mais detalhes sobre essa esponja.
Veja que no meu caso, a esponja veio de uma embalagem de microprocessador. Ficando claro que é algo descartado, ou seja, normalmente não é utilizado. E assim, conseguimos dar um novo uso para a pequena esponja.
Durante o voo em um aeromodelo uma das vantagens do vento que a hélice produz é resfriar o motor. E você não precisa fazer nada para que esse processo ocorra. É algo natural do voo. Ou seja, enquanto estiver voando o vento produzido pela hélice somado ao vento do deslocamento do modelo levará uma boa quantidade de vento ao motor, ajudando assim a resfriar o mesmo.
Porém surge uma questão. E como fazemos para resfriar o ESC? Pois o ESC, ao contrário do motor, normalmente está localizado em um compartimento mais escondido. Esse lugar é dentro do avião – aeromodelo. Ele costuma fica próximo da bateria, que também aquece durante o uso e não tem nenhuma ventilação.
Pensando nisso eu fiz uma adaptação na porta de acesso onde está o ESC e a bateria. Embora a minha preocupação maior seja resfriar o ESC e não a bateria. Afinal, ela aquece, mas nem tanto.
O meu aeromodelo Cesna possui um compartimento na parte de baixo que é acessado por meio de uma pequena porta. Esse modelo é de isopor depron e isopor P3. O que fiz nessa pequena porta de acesso foi instalar, também com depron, pequenas aletas que levam o vento para dentro desse lugar. Na parte traseira da porta fiz 2 furos por onde o ar sai. O melhor de tudo é que não impactou em nada o voo, que transcorre da mesma forma.
Para fazer as aletas da entrada de ar utilizei depron de bandeja de frios, como queijo e presunto. Sim, esse material das bandejas é depron e pode ser encontrado dessa forma em espessura bem finas, exatamente o que precisava. Colei tudo com cola Epóxi de 2 componentes. Os dois furos na parte traseira foram feitos com um material cilíndrico e quente (ficou perfeito).
Para que você veja, fiz o vídeo abaixo. Afinal, uma imagem vale mais que mil palavras. Depois deixe o seu comentário no vídeo falando o que achou da engenhoca.
Sempre que ligamos a bateria em um modelo, seja ele aero, nauti ou auto, ouvimos um apito logo no início desse processo. Esse apito tem um padrão que ao ouvirmos sabemos que tudo foi conectado corretamente e o modelo está pronto da o funcionamento. Algumas vezes o apito pode ter um padrão diferenciado e assim indicando que algo está errado. Além disso, esse apito pode servir também para fazer configurações no ESC. É verdade. Os ESCs podem ser configurados. E isso é feito ligando e desligando sua alimentação por meio do direcionamento dos apitos. Procure um manual de ESC que você verá a quantidade de coisas que podem ser configuradas dessa forma (não são todos os ESCs que possuem isso).
Bom, se ouvimos um apito é sinal que existe algum dispositivo que gera esse áudio. Algo como um alto-falante, certo? Sim, existe! Mas quem é responsável pelo apito? Seria o ESC, o receptor ou até o motor?
Para responder essa pergunta precisamos falar sobre a constituição de um alto-falante. Esse dispositivo possui um fio enrolado para formar uma bobina. Essa bobina se atrai ou repele em relação a um ímã permanente. Essa é a configuração de um alto-falante de bobina móvel. Seu princípio de funcionamento é o seguinte. O cientista Oersted descobriu que quando a corrente elétrica circula por um fio condutor, uma das consequências é a geração de um campo magnético no entorno desse fio. Então se pegarmos o fio e transformarmos em forma de bobina podemos acumular esse campo.
A corrente por meio da polaridade de uma bateria pode circular em 2 sentidos diferentes. Ou seja, ligando o positivo de um lado e o negativo da alimentação no outro. E depois invertendo essas ligações. Assim, o campo magnético tem a opção de atuar atraindo e repelindo com o ímã permanente do entorno. Esse é o princípio básico do alto-falante.
E aí eu te pergunto. Na estrutura elétrica de um modelo elétrico. Quem tem exatamente essa estrutura que expliquei? O motor! Ele é quase um alto-falante. Só que ao invés da bobina ficar indo de trás para frente ela faz um eixo se movimentar. Dentro de um motor nós temos fio enrolado, ou seja, bobina. Temos também ímã permanente. Ou seja, tudo o que um alto-falante também tem.
Então ao ligar a bateria no circuito do ESC, um sinal sonoro é gerado pelo ESC e reproduzido pelo motor, que atual como um alto-falante. Você pode até perceber que durante os apitos o motor dá uma pequena movimentada. Assim, vemos que existe uma corrente circulando por alguma bobina do motor gerando um campo magnético. Esse campo interage com o ímã permanente.
Ah, lembre-se que isso vale para qualquer motor. Embora a estrutura construtiva do motor sem escovas seja diferente do motor com escovas, a constituição deles é parecida. Sendo assim dá até para ouvir música usando um motor elétrico no lugar do alto-falante. Duvida? Então veja nesse vídeo a experiência que eu fiz. Você vai se surpreender.
Um assunto que volta e meia meus amigos modelistas questionam é sobre a instalação do eixo que aciona o hélice em um barco ou navio. O ponto de dúvida surge principalmente na questão de como fazer para a água não entrar dentro do barco. Afinal, pelo ponto por onde sai o hélice (sim, é masculino em náutica), seria um local possível da água entrar dentro do barco fazendo-o inundar. Para explicar de uma forma bem didática, vou usar um exemplo bem interessante. Vamos fazer uma vitamina de banana. O que acha?
Você pega o ‘copo’ do liquidificador e coloca banana, açúcar e leite. Opa, aí vem a sacada da explicação. Na hora que você coloca o leite o líquido não vaza pela parte inferior. Mas como? Pois afinal, tem ali uma hélice e deve haver alguma folga nela, pois caso contrário ela não iria se movimentar (girar). Chamamos isso de ‘gaxeta’. Existem ali elementos que permitem o movimento da hélice, mas ao mesmo tempo o leite (no caso do liquidificador) não passa. Mas é bem verdade que se você deixar a vitamina batendo no liquidificador por um período longo, por vezes até algumas gotinhas podem ser vistas. Sim, um pouco pode vazar, especialmente se se liquidificador for antigo. Pois nesse caso sua gaxeta está precisando de revisão.
Esse mesmo princípio pode ser utilizado nos barcos de controle remoto. A gaxeta é feita na maior parte das vezes por um eixo que gira dentro de um tubo onde não existe muito espaço, assim diminuindo a chance da água entrar. Mas além disso, é colocada graxa para fazer a vedação final e assim proteger do acesso indevido da água. Eu tenho vários amigos que usam esse sistema. Mas a verdade é que: pinga água. Depois de você usar por algum tempo seu modelo navegando, a água vai entrar. Não muito, bem pouco. Lembra o que falei do liquidificador. É isso. Então você precisa sempre analisar sua gaxeta e verificar o nível de graxa para continuar em segurança.
O eixo dessa forma pode ficar paralelo ao fundo do casco. Isso é muito interessante, principalmente sob o ponto de vista de ser possível alcançar maiores velocidades. Ou seja, instalando o eixo como expliquei, em linhas gerais a performance final do conjunto será superior.
Porém caso você não queira se preocupar com gaxeta e a possibilidade da água entrar dentro do seu navio, você pode seguir por outra solução. Sim, um caminho mais prático e simples e que não necessariamente precisa de graxa no eixo. Porém, a performance final não é melhor que o modelo anteriormente explicado. Ou seja, funciona bem, mas se você está projetando um barco de corrida, essa não é a melhor solução.
A minha resposta para esse projeto é deixar o eixo em diagonal. E não só isso. Fazer o eixo longo de tal forma que o eixo termine acima da linha d’água. Pois assim, a água pode até entrar dentro dele, mas como o eixo se prolonga acima do nível da água ela não vai vazar para dentro da embarcação. Mas veja, foi como disse. Um eixo em diagonal gera duas forças: uma na horizontal que ajuda o barco a se deslocar, mas também uma outra na vertical que tende a empurra a popa do barco (parte traseira) para cima. Ou seja, essa força não é interessante para altas velocidades. Pois uma vez que levanta a popa, abaixa a proa. E durante a navegação de uma embarcação, o que ocorre é exatamente o contrário, a proa que deve levantar.
Veja nessa imagem abaixo a explicação que dei sobre os dois diferentes tipos de instalação do eixo no navio.
Para ajudar você nessa tarefa de instalar o eixo em uma embarcação de rádio controle eu gravei um vídeo. Assista e depois deixe seu comentário.
A Escola Naval, aqui no Rio de Janeiro, é o palco de um grande evento anual chamado “Regata da Escola Naval”. Esse é um dos belos eventos que a EN realiza. Nele os nautimodelistas também têm espaço. Afinal, são destinadas duas grandes piscinas onde podemos colocar nossos barquinhos de controle remoto. Nesse mesmo dia temos também uma série de disputas entre os participantes onde os ganhadores ganham medalhas e troféus.
No ano passado eu e meu filho ganhamos dois prêmios. Na foto abaixo podemos ver o momento da premiação.
Já nessa outra foto podemos ter uma ideia do evento e de uma das piscinas que a Escola Naval possui.
Nesse vídeo abaixo, navegue a bordo do meu barco por uma das piscinas da Escola Naval.
Ah, o evento é totalmente gratuito. Ainda dentro dessa gratuidade tem o almoço e uma série de exposições de veículos militares.
Ter um barco de controle remoto, ou seja, um modelo dinâmico, nos levanta uma grande questão: “Onde navegar?”. Algumas pessoas moram perto de lagos e lagoas, o que pode ser uma ótima saída para colocar o barco rádio controlado. Porém conheço algumas pessoas que evitam colocar em água salgada. Por isso se for uma lagoa com água salgada restringe mais ainda o acesso à água. Isso também acaba por tornar mais difícil o uso de água do mar. Na verdade, além da água salgada, nesse caso ainda temos as ondas. Isso tudo dificulta mais encontrar um local para navegar.
Uma saída é utilizar das piscinas. Muitos condomínios possuem piscinas grandes. Não só em condomínios, por exemplo. Todo ano temos um evento na Escola Naval – RJ onde navegamos com os barcos em piscinas. Nesse caso as piscinas deles são enormes. Ou seja, dá para colocar barcos bem grandes e navegar em boa velocidade. A única restrição é que em um ambiente desses só podemos usar barcos com motores elétricos, pois caso contrário poderia sujar a água com resíduos de combustível.
Uma das piscinas que também usamos para a prática do hobby é a do Colégio Militar do RJ. Na verdade nos últimos tempos não temos tido acesso a esse ambiente. Mas eu tenho várias filmagens que foram feitas nessa piscina. Coloquei inclusive câmera a bordo e isso torna o resultado muito legal.
Aqui abaixo eu listei vários vídeos de diferentes momentos os quais eu naveguei lá no Colégio Militar. Curta os vídeos.
Várias são as possibilidades para montar eixos de barcos rádio controlados. Porém nesses vários anos mexendo com modelismo acredito que achei uma solução muito boa e simples. Para a construção do eixo podemos fazer uso de varetas de solda elétrica. Você pode encontrar essas varetas constituídas de uma série de diferentes metais. Isso ocorre pois a vareta varia conforme o tipo de material que será soldado. Dessa forma, temos varetas de latão e alumínio, por exemplo.
Uma das grandes vantagens do latão é que o mesmo aceita facilmente a solda. E veja que não estou falando de solda elétrica usada por soldadores.
Estou me referindo a um pequeno ferro de soldar. O ideal é que o ferro tenha uma potência um pouco maior. Nesse caso um ferro de soldar de 100 W seria perfeito, mas já fiz várias soldagens usando um ferro com 30 W de potência.
Bom, resolvemos o problema do eixo, porém ainda temos uma questão que é a do tubo por onde esse eixo irá girar. Existem algumas formas simples e bem funcionais. A primeira delas diz respeito a utilizar um tubo de cobre desses usados em lojas de para refrigeração. É normal você encontrar esse tubo um pouco retorcido. Isso porque ele não é vendido a metro e sim por peso. Pegue-o com cuidado e vá aos poucos colocando ele todo reto. Vá fazendo isso com as mãos somente sem nenhuma ferramenta.
Existe uma outra possibilidade simples que é através do uso de um secador de roupas de alumínio. Sabe aquela estrutura tubular onde a roupa é pendurada? Então! Esse será o tubo que pode ser utilizado no seu barco.
Mas enfim. Essas são algumas das possibilidades para construir essa parte da propulsão do seu barco ou lancha. Quer mais detalhes? Assista o vídeo abaixo.
Por vezes nós precisamos fazer uso de algum dispositivo sonoro nos modelos. Em uma locomotiva, por exemplo, pode ser interessante colocar um som de motor a diesel. Não se atendo nesse artigo a questão sobre como produzir o efeito, chegamos a parte final que se traduz no amplificador por onde o som será amplificado e levado ao alto-falante. Porém muitos modelistas não desejam montar todo o circuito e no caso da amplificação preferem fazer uso de algo já pronto. É bem possível, e eu vou dar uma ideia para vocês.
No caso específico do uso de áudio no modelismo, a verdade é que a maior parte das vezes necessitamos de um amplificador que possua potências pequenas. Até para manter todo o realismo na aplicação, pois caso contrário um pequeno barco de rádio controle produziria um som de motor à diesel, por exemplo, com um volume desproporcional ao seu tamanho (ou sua escala). Isso torna-se um grande facilitador, pois é possível encontrar no mercado uma série de pequenas placas amplificadores industrializadas que podem ser aplicadas nesse uso.
Minha dica é ir até o Mercado Livre. Lá você vai encontrar vários vendedores comercializando placas de circuitos amplificadores das mais diferentes potências, tensões, dimensões. Inclusive sobre uma dessas placas, eu fiz um pequeno vídeo falando a respeito. Ela é bem compacta e utiliza um circuito integrado muito popular chamado de LM386. Esse componente é o coração central do amplificador. Trata-se do componente ativo responsável de fato pela amplificação do sinal.
A placa possui dois conectores (bornes) para a ligação do alto-falante para a saída do sinal. Possui também na outra extremidade conectores para entrar com o sinal e também a alimentação, que no caso são 12 Volts, o que permite utilizar uma bateria 3S. A qualidade do som é ótima e tenho certeza que você vai gostar. Para ver mais detalhes assista o vídeo abaixo.
O testador de componentes (vulgo ESR) é um instrumento fantástico e ajuda demais na identificação dos componentes eletrônicos. Ele possui um display de cristal líquido e um terminal onde o componente a ser verificado é inserido. Após isso pressiona-se um botão e o componente é colocado em teste. Esse teste ajuda a identificar o tipo de componente e outras informações como polaridade de valor.
Porém antes de iniciar o seu uso é interessante calibrar o aparelho. Isso é importante para garantir que a leitura será correta. Realizar a calibragem do Testador de Componentes é muito simples. Você precisa tão somente de três pequenos pedaços de fio. Descasque as extremidades dos fios e una todos por uma extremidade. Ou seja, é preciso fazer um “curto”. Explico melhor. Devemos inserir um fio em cada entrada do Testador de Componentes. Como o Testador de Componentes tem 3 entradas identificadas pelos números 1, 2 e 3, inserimos três fios. Depois unimos esses três fios pela outra extremidade.
Feito isso é só pressionar o botão do Testador de Componentes e o processamento de calibragem inicia. No mostrador é exibido um gráfico com o percentual realizado. Em seguida aparece uma mensagem informado para retirar os três fios conectados nos terminais do Testador de Componentes. Ah, separe um capacitor com valor maior do que 100nF. Você vai precisar dele ao longo da calibragem, será solicitado em um determinado momento. Por fim é exibida uma mensagem informando que a calibração foi concluída.
Obs: ESR é uma das medidas que esse aparelho faz. O nome correto é Testador de Componentes. Porém muitas pessoas acabam chamando ele de ESR.