O leme é o componente responsável por dar a direção do nautimodelo. Diferentes são os materiais possíveis de serem usados nessa fabricação. Porém a maior parte das pessoas utiliza o latão. Ele é muito usado, pois trata-se de um material que aceita facilmente a solda de um simples ferro de soldar. Ou seja, para trabalhar com esse material você não precisa de um mega soldador elétrico. Com um ferro de 30 Watts o trabalho já é realizado.
Mas é claro que se você possui um ferro de soldar de 50 ou 100 Watts será melhor nesse tipo de função. Afinal a soldagem ficará melhor.
Se preferir pode usar também pasta de solda para que todo o processo de união das peças fique melhor. A minha dica para conseguir facilmente uma peça de latão é através do uso de cápsulas de piezo. Esses pequenos alto-falantes são feitos de latão e por isso a soldagem neles ocorre facilmente. Mas é claro que você pode também utilizar um tipo de cola para prender o leme. É sempre importante você arrumar boas estratégias para unir bem essa peça.
Ela sobre muita força no seu uso durante o atrito na água. Eu mesmo já passei por uma experiência ruim com leme. Estava navegando com minha lancha quando percebi que ela não respondia aos comandos do leme. Ela navegava normalmente, mas sem leme. Já imaginava o que teria acontecido. Quando consegui tirar ela da água, pude realmente constatar meu pressentimento. O leme havia se soltado. Dependendo da situação em que você se encontre a perda do leme pode levar a perda do modelo. Então fique ligado!
Muitas vezes desejamos simular a fumaça saindo pela chaminé de uma locomotiva, navio ou mesmo pelo cano de descarga de um carrinho. Existem várias formas de resolver esse problema. A mais comum que você encontra aplicada em grande parte dos projetos envolve o uso de glicerina. Ou seja, aquece-se a glicerina e a mesma gera fumaça. Esse método é o mesmo utilizado para fazer fumaça nas festas e shows. Para o aquecimento é comum o uso de uma pequena resistência. Normalmente é utilizado fio de nicromo para essa função.
O fio de nicromo possui uma resistência razoável, a ponto de quando ser submetido pela circulação de corrente aquecer. Só como curiosidade nicromo vem de níquel e cromo. Ou seja, é uma liga criada pelo homem e não um material encontrado na natureza dessa forma. Essa liga também é utilizada para cortar isopor por meio do aquecimento. Assim, ao comprar um cortador de isopor industrializado é comum se deparar com esse elemento sendo usado como o responsável pelo aquecimento para cortar o isopor.
Você pode encontrar fios de nicromo de diferentes espessuras. Uma dica é procurar no Mercado Livre. Eu mesmo já comprei vários metros desse fio com vendedores presentes nessa plataforma. Mas se você não desejar utilizar o fio de nicromo para aquecer a glicerina para fazer fumaça, saiba que existe uma outra forma para chegar a um resultado semelhante. A dica que deixo aqui é por meio de um processo de nebulização da água. Sim, um processo muito semelhante àquela máquina de fazer nebulização para a respiração.
Mas fique sabendo que não é preciso comprar uma máquina dessas. Você encontra a venda no mercado dispositivos para serem usados em pequenas fontes de água utilizados em casa. Sim, em algumas dessas fontes é possível instalar um pequeno dispositivo que faz a nebulização da água. Uma coisa bem bacana desse pequeno aparelho é que funciona com 24 Volts. Ou seja, com duas baterias LIPO 3S ligadas em série é possível alimentar ele.
Por fim, basta instalar ele em um pequeno recipiente com água e colocar uma pequena ventoinha para movimentar as pequenas gotículas de água para fora desse recipiente. A ventoinha pode ser alimentada com uma célula 3S, pois a maioria delas funciona com uma tensão de 12 Volts.
Para que você entenda melhor, eu fiz um vídeo mostrando esse aparelho em detalhes e também o seu funcionamento. Assiste aí.
Em alguns projetos o peso é essencial. Ou seja, em um aeromodelo, por exemplo, é preciso sempre tomar esse cuidado. Os motores junto às hélices têm especificações e essas devem ser seguidas pois caso contrário o mesmo não levanta voo. Alguns modelos são muito leves e nesse caso o peso é uma preocupação maior ainda.
Os servos também ajudam nessa função de tornar todo o conjunto leve. Então por vezes sendo preciso procurar por um modelo mais leve, pense nesse pequeno servo da Turnigy. Ele pesa somente 4.4 gramas.
Algumas vezes eu já falei aqui sobre o motor do esguichador de para-brisa. Já mostrei como o utilizei em diversos projetos meus. Ele é bem legal para barcos, onde você pode usar ele para esguichar água. Assim, você usa a própria água do local onde está navegando para passar pelo esguichador.
Porém, a verdade é que dentro dele existe um bom motor elétrico que pode fazer uso em nossos projetos, por exemplo para a propulsão de um automodelo (carro) ou mesmo um nautimodelo (lancha ou navio). Ou seja, caso seja preciso, saiba que você pode desmontar o esguichador e usar esse motor. Mas a questão é que não é tão fácil desmontar ele. Sua carcaça é bem vedada para proteger o motor da água, por exemplo. Assim, é preciso forçar um pouco a barra para abrir o conjunto. Mas a vantagem é que toda a sua carcaça é de material plástico e assim não é tão difícil cortá-la.
Para abrir e chegar até o motor eu utilizo uma pequena serra, do tipo ‘arco de serra’. Fazendo alguns cortes você consegue eliminar essa carcaça plástica e ter acesso completo ao motor. Agora está pronto para uso nos seus projetos.
Durante esse procedimento para o corte da carcaça plástica, você pode observar uma coisa. Veja que o motor fica tão lacrado que atrapalha a circulação de ar por esse motor. Por isso, nos projetos que utilizar o esguichador, lembre-se de que ele não foi feito para funcionar por muito tempo. Eu mesmo já busquei chegar ao limite dele. Com pouco mais de 10 minutos ininterruptos ele queima.
Os LEDs realmente se tornaram algo facilitador no trabalho de qualquer modelista. Ainda me lembro de quando era adolescente (lá se vão algumas décadas), nós só tínhamos LEDs de três cores: vermelho, amarelo e verde. E além disso, eram LEDs do tipo difuso, ou seja, seu brilho era suave. Assim os LEDs só eram utilizados como indicadores luminosos. Enfim, LED branco, nem pensar. Afinal, o LED branco só pode ser criado devido a invenção do LED azul. Pois com a criação dele foi possível fazer um LED pelo sistema RGB (vermelho, verde e azul). Essa foi a grande inovação nesse componente ao longo de muitas décadas. Mas com a chegada do LED azul o mundo se abriu.
Não só o LED branco foi criado, mas várias outras cores. Os LEDs passaram a ser componentes que vieram a substituir as recém chegadas TVs de plasma. Sim, pois agora poderiam ser utilizados LEDs. E é o que ainda temos hoje em dia. As TV são de LEDs.
Na verdade, não somente as TVs, mas vários diferentes dispositivos que utilizam-se de tela.
E as inovações seguiram-se, como por exemplo, com a fita de LED. Hoje temos fitas nas mais variadas cores. Algumas são inclusive à prova d´água. Então nada mais interessante que fazer uso delas também no modelismo. Por exemplo, em um drone. No meu drone QAV 250 eu tenho 2 barras de LEDs em diferentes cores. Uma delas na frente do drone e outra na parte traseira.
Mas não se restrinja aos drones. As fitas de LEDs podem e devem ser utilizadas em várias áreas do modelismo, seja no automodelismo, ferreomodelismo ou nautimodelismo. Eu até preparei um vídeo falando em mais detalhes sobre a fita de LED. Dá uma conferida aqui abaixo.
Nem sempre a loja de modelismo tem o que precisamos. Algumas vezes são detalhes que estão sendo seguidos por uma planta, mas esses detalhes não existem para vender. São coisas bem específicas daquele modelo e do que você quer fazer. Então como resolver essa situação. Bom, eu só conheço um jeito. Criar você mesmo que você precisa.
E a verdade é que dá para fazer uso de materiais que em princípio poderiam ir para o lixo. Sim, lixo. Muitas coisas podem ser reaproveitadas. Eu mesmo estou construindo o rebocador Yarra usando materiais reciclados. Veja que uma dessas coisas é uma caneta esferográfica, modelo BIC. Essa caneta possui uma forma singular e com mais 1 palito de churrasco e 1 palito de picolé dá para fazer algo muito legal.
Você precisa da caneta completa, principalmente com aquela tampinha que fica na parte de cima. A carga interna da caneta você não precisa, pode descartar. Aconselho para tanto o palito de churrasco, quanto ao de picolé você fazer cortes com serra para ficar algo bem “limpo”.
Uma das grandes dificuldades para aqueles que ingressam no modelismo é entender como funciona a ligação entre todos as partes eletrônicas. Assim, dúvidas são comuns sobre o que é ESC, BEC, servo, receptor e mais ainda sobre as formas de associar esses componentes.
Para ajudar nessa questão você precisa primeiro saber o que cada uma dessas coisas significa.
Servo – o servo é utilizado como um dispositivo que aciona as superfícies de controle. Ou seja, em um aeromodelo (avião) ele pode acionar o profundor, leme e aileron. Em um automodelo (carrinho) ele pode ser usado para acionar o controle de direção e também o acelerador (para o caso de motor a combustão) e em um nautimodelo (barco e lancha) usado para controlar o leme. Porém veja que essas são as aplicações principais, mais nada impede você de utilizar um servo mecanismo para acionar um dispositivo qualquer nesses modelos. Assim, você poderia, por exemplo, controlar o movimento de braços ou cabeça de uma figura (pessoa) dentro de um carrinho.
ESC – ESC é o acrônimo de Electronic Speed Control, que significa, controle eletrônico de velocidade. A sua função é interpretar os dados que chegam até o receptor de rádio para dosar a velocidade de um motor elétrico ligado a ele. Portanto, o ESC é utilizado somente para veículos elétricos. Normalmente esquentam em funcionamento e isso é normal desde que se trabalhe dentro dos limites do ESC. Ele esquenta, pois como disse, o controle do motor é feito por ele. E normalmente os motores consomem elevadas correntes. Também por meio dessa colocação você pode presumir que o ESC possua uma conexão elétrica com o receptor de rádio.
BEC – Já BEC significa Battery Electronic Control e também é bem fácil de compreender. Veja que seu receptor de rádio necessita de alimentação elétrica para funcionar. Esse valor é um padrão e são 5 Volts. A questão é: De onde vem essa tensão? A resposta é: BEC. Portanto, você pode alimentar todo seu conjunto com uma bateria de 12 Volts, por exemplo. Você usou essa tensão, pois seu motor é para 12 Volts. Até aqui tudo bem. Mas e como ligar o seu receptor com 5 Volts? Aí que entra o BEC. Ele reduz os 12 Volts, nesse caso, para 5 Volts. Essa tensão é disponibilizada por um conector próprio para ligar no receptor.
Receptor – Esse é o componente que recebe os sinais de rádio do transmissor. Nele temos alguns slots para conexão dos dispositivos. Por exemplo, os servos são conectados diretamente a ele. Também devemos conectar a ele o terminal do BEC.
Bateria – A bateria é o dispositivo que vai alimentar todo o conjunto. Hoje em dia, no modelismo as baterias mais comuns são as chamadas células de LIPO. Tratam-se de baterias muito leves e com uma alta capacidade de descarga, ou seja, grande capacidade de fornecimento de corrente. As LIPOs são muito conhecidas por uma sequência, como 1S, 2S, 3S. O número indica a quantidade de células que existem dentro da bateria. A letra S vem de ‘série’, ou seja, suas células internas estão interligadas eletricamente em série.
No vídeo abaixo eu busquei mostrar em detalhes isso que acabei de explicar.
E vamos nós dando sequência na construção desse rebocador. O projeto que usei é do Yarra. Ou seja, o casco eu segui completamente o projeto original. Porém quanto aos acabamentos (fittings) eu dei meu toque pessoal, inclusive adicionando coisas que não existem no projeto. Já outras coisas até existem no projeto original, mas eu alterei de alguma forma. Posso, por exemplo, citar o jato de água presente nesse rebocador. A maior parte desses grandes rebocadores possuem algum tipo de dispositivo que jorra água. Quem nunca viu rebocadores ‘batizando’ um novo navio jogando sobre ele esse jato de água?
Mas é claro que essa água pode também ser utilizada para funções muito mais nobres, como apagar um incêndio. Assim, o rebocador pode jogar água sobre as chamas de um outro barco. Mas voltando ao meu projeto, eu havia dito que fiz algumas modificações. Sim. Nessa questão do jato de água, originalmente ele fica localizado no teto da cabine. A explicação para ele estar ali é dada pelo fato de ser o local mais alto e assim ajudar a água a chegar mais longe. Só tem 1 coisa quando se trata de um modelo (barco) de rádio controle.
Ao acionar e desligar a água, uma pequena fração da água vai cair sobre partes da embarcação. Eu não queria que isso ocorresse, por isso fiz com que meu jato de água saísse de uma das laterais do barco (bem próxima a borda do navio).
Essa foi uma das várias alterações que realizei no projeto original. A minha intenção nunca foi seguir exatamente os acabamentos do original. Mas é claro que alguns preferem fazer algo o mais próximo possível do modelo. Eu mesmo tenho alguns colegas nautimodelistas que seguem esse princípio. Bom, voltando ao barquinho, ele já está bem próximo de terminar. Também, já era hora. Foram alguns anos trabalhando nele.
No vídeo abaixo dá para ver mais detalhes de como está ficando a construção.
Nossa esse projeto do rebocador Yarra tá durando. Já estou há alguns anos trabalhando nele. É claro que a gente trabalha e para e volta depois. Afinal, não dá tempo de ficar focado só em um projeto que por si só, é enorme. São muitos detalhes no projeto. E olha que eu nem sou tão detalhista nas minhas construções. Mas nesse projeto procurei tentar fazer alguns detalhes de forma mais cuidadosa. Porém a demora não fica muito por conta disso e sim devido ao fato de ser um barco grande. Afinal, tem 1,20 metros de comprimento e uma boca larga também. Isso significa que, por exemplo, a massa, lixamento, pintura e outros, acaba se alongando mais ainda. Falando em pintura, vocês podem ver que existem várias partes na cor laranja. Isso porque eu pretendo pintar o casco dessa cor.
Na própria cabine da embarcação vocês podem ver partes nessa cor. Inclusive é sobre ela que gostaria de falar nesse artigo. Essa cabine deu um trabalho grande. Afinal, é pequena e por ser pequena torna tudo mais difícil de trabalhar por não existir muito espaço. Olha, mas ela ficou bonita. Têm vários LEDs. Fico só pensando em como vai ficar durante uma navegação noturna. Sim, vou fazer uma navegação desse tipo com esse barco. Até porque o próprio barco, como um todo, possui mais de 30 LEDs. Enfim, será que estou fazendo um barco ou uma árvore de natal? ehehehhe
Mas voltando ao assunto da cabine eu queria deixar claro que não segui o projeto original. Eu fiz algo totalmente personalizado e mais simples, com menos recortes, justamente para encurtar o desenvolvimento. Essa cabine originalmente tem várias gaiutas, ou seja, pequenas janelas e eu tirei isso fora do meu projeto. Ah, tem uma coisa bem legal no teto da cabine. Eu coloquei um radar movimentado por um servo que gira em 360 graus. Eu fiz a adaptação do servo. Aqui no meu site tem um ebook gratuito onde eu explico, entre várias outras coisas, com fazer isso. Baixa lá o ebook. No mais é assistir o vídeo para ver mais detalhes do projeto.
Esse artigo é para ajudar você com sua bancada de eletrônica. Nós sabemos o quanto aquela fumaça que fica saindo do ferro de soldar incomoda, né? Não é nem um pouco saudável ficar inalando ela. Por isso é importante soldar em uma área arejada e ventilada. Porém muitos de nós têm bancadas/oficinas em locais não tão arejados. Então uma boa saída seria montar um exaustor para retirar a fumaça do ferro de soldar.
O exaustor é um pequeno ventilador mas com uma boa força de movimentação do ar. Você pode comprar pela internet e escolher entre uma grande variedade de modelos. Mas você também pode adaptar com alguma ventoinha ou um ventilador que você tenha em casa.
O meu exaustor funciona com a rede elétrica de 127 Volts. Eu o montei virado para a janela, vou explicar para vocês. A minha bancada até fica do lado de uma janela, mas ela é alta, ou seja, meu espaço não é bem arejado por essa razão. Mas com o uso do exaustor cria-se um movimento de sucção no ar logo acima do tampo da bancada que é possível ver a fumaça sendo sugada. Assim eu posso dizer que o exaustor ajudou muito no trabalho com a soldagem.
Alguns exaustores fazem um pouco de barulho e aqui te deixo uma dica. Você pode dotar a ligação elétrica dele de um dimmer e assim até controlar a velocidade do motor e também o nível de ruído dele. Assim você pode encontrar um meio termo entre barulho e sucção de forma mais fácil. Quanto ao dimmer, existem duas opções: comprar ou fazer. Olha, trata-se de um equipamento bem barato e facilmente encontrado no comércio de materiais elétricos. Mas se desejar construir um também não terá dificuldades. Existem vários circuitos muito simples pela internet.