Você também pode montar seu controle remoto

Aqui disponho para vocês uma ideia bem legal que envolveu a montagem de um barco, assim como o controle remoto. Sempre me interessei por eletrônica desde pequeno. O meu primeiro contato com componentes eletrônicos foi exatamente para montar um rádio controle. Vi uma revista de eletrônica cuja capa era algo assim: Monte um Controle Remoto Infravermelho. A revista em questão era a Saber Eletrônica. E eu não tinha nem ideia do que era infravermelho, mas resolvi comprar a revista e montar o controle.

Próximo de casa existiam duas lojas de eletrônica. Fui na maior delas para comprar os componentes e para minha surpresa não tinham vários deles. Com os poucos componentes que comprei fui iniciar a montagem onde soldei um componente diretamente ao outro, sem saber que isso existia e chama-se “aranha”. Bom, o circuito nunca foi terminado de fato.

Mas o mundo da eletrônica se abriu e a partir dali pude conhecer algumas das publicações mensais que eram vendidas nas bancas de jornais e aprender mais sobre o assunto.
Mas não havia desistido de montar um controle remoto. A ideia inicial era para instalar em um carrinho que estava montando, mas tempos depois fiquei maravilhado com os barcos. Eu tinha comprado de um colega um barco semi pronto todo montado em balsa. Então agora a ideia era motorizar o barco com meu novo controle remoto.

Sobre o circuito, montei uma série deles. Vários não funcionaram. Mas por falta de experiência assim como instrumentos de bancada adequados para fazer os ajustes, como frequencímetro por exemplo.
Depois que consegui montar alguns e ver o seu princípio, vi que poderia aumentar mais ainda o alcance do controle remoto caso o receptor fosse mais sensível. Foi quando uma ideia encontrada em alguma revista de eletrônica me fez partir para esse caminho. Ou seja, utilizar um pequeno rádio FM como parte do receptor do controle remoto. Com isso, o alcance ficou muito maior e lembro bem quando o adaptei a uma pequena lancha de plástico.

Esse barco, assim como o rádio controle, ainda tenho e guardo com carinho. Afinal, eu montei tantas coisas quando pequeno, mas a maioria delas se perderam com o passar dos anos. Outras eu mesmo desmontava para usar partes e componentes em uma outra montagem.

O barco possui dois motores com hélices separadas. Dessa forma é possível navegar em qualquer direção. O controle remoto é muito simples e faz parte do que chamamos de controle remoto monocanal. O casco foi comprado na antiga loja chamada Hobbylandia aqui no Rio de Janeiro. Além desse barco tenho algumas outras coisas adquiridas nessa loja.

Nesse vídeo abaixo vocês podem ver que o barquinho ainda funciona adequadamente, o que é muito legal.

Você prefere rádio com stick ou de volante?

A verdade é que varia. Para alguns modelos é imprescindível o uso de rádio controles com stick, como por exemplo aeromodelos. Já para automodelos e nautimodelos, por exemplo, é possível o uso de rádios com stick ou com volante. Aí nesse caso é uma questão de gosto mesmo. Alguns preferem com volante e outros stick.

Nesse vídeo mostro os dois tipos de controle remoto e falo dessas possibilidades. Enfim, dá uma conferida.

Você vai ver quanta corrente consome um receptor com 3 servos

Tensão é um parâmetro e corrente outro completamente diferente. Falando especificamente de corrente vamos medir o consumo de um receptor de rádio controle. Vou ligar nesse receptor um ESC e dois servos. Afinal, qual será o consumo final desse conjunto?

Esse resultado é interessante pois podemos dimensionar adequadamente a alimentação do mesmo para o caso de precisarmos alimentar com uma bateria que forneça uma corrente mais baixa.
Vamos ver o resultado nesse vídeo:

Onde você pode conseguir materiais para a construção dos acabamentos dos barcos

Você pode não imaginar mas é possível utilizar vários materiais que iriam para o lixo com outras finalidades. No caso você só precisa enxergar por outro ângulo a aplicação desse lixo, ou melhor desses fittings. Esse é um nome ao pé da letra para acessórios traduzindo do inglês. Uma tampinha de refrigerante pode virar parte de um farolete. Sim, pinte ela e coloque um LED dentro, faça um suporte de arame para ela e pronto.

Uma série de materiais podem ser tratados segundo essa regra. Eu mesmo faço isso demais. Já mostrei aqui alguns artigos e vídeos que estão postados em meu canal no YouTube onde detalho alguns desses usos. Eu acho que a forma como isso deve ser feito é mais ou menos assim:
– Olhe a planta ou a foto do modelo em questão.
– Procure nela pela parte ou acessório que precisa construir.
– Depois disso vá até lojas que vendem materiais de bricolagem e acessórios para casa. Vá passeando pelos corredores mas olhando tudo com olhos de inventor. Ou seja, o que você pode comprar para colocar naquela parte do projeto.

Com prática você vai aprimorando essa técnica que é a forma como faço frequentemente. Assista no vídeo abaixo mais uma série de dicas que dou a respeito desse assunto.

Câmera realidade virtual com WIFI

Essa é uma forma simples e barata de fazer uso de primeira pessoa ou FPV. Mas veja que a dica só funciona para usos bem próximos. Até porque a transmissão é feita via WIFI. Eu uso muito para nautimodelismo. Você pode embarcar essa pequena câmera no seu modelo e comprar um óculos VR para adaptar seu celular. Depois é só transmitir. Simples, né?

O seu motor brushless tá girando para o lado errado? Saiba o que fazer.

Os motores do tipo sem escovas (brushless) possuem 3 fios de forma bem diferente dos motores escovados que possuem somente 2 fios. Com dois fios dos motores escovados a ligação a alimentação se torna simples onde sabe-se qual o positivo do motor e qual o positivo no ESC. Porém no caso dos motores brushless isso não é simples assim, pois existem 3 fios no ESC. E para os novatos fica a dúvida – Como ligar? Quem é o positivo?
Por vezes depois da ligação o motor até passa a girar para o lado que não queremos. O que fazer?

Acontece que nesse caso não existe uma ligação correta em sequência a ser observada. Pode ligar os 3 fios do motor brushless em qualquer um dos três fios do ESC brushless. Assim que você atuar no stick do seu rádio o motor irá entrar em funcionamento.
Pode ser realmente que ele esteja girando em um sentido que não é o que você deseja. Para resolver essa questão é muito simples. Basta inverter quaisquer dois fios do motor que ele irá girar para o outro lado.

Uma outra possibilidade de inverter o sentido do motor é no rádio. Em rádios com mais comandos e controles, é possível inverter a rotação por lá.
Dá uma olhada na explicação no vídeo abaixo.

Você não imagina o que a correia dentada faz em um barco

Quem disse que correia dentada é para ser usada somente nos motores dos automóveis? Pois é, brincadeiras a parte, a correia dentada pode ter uma série de aplicações. Na área do nautimodelismo ela vem ajudar muito na proteção das embarcações e também dando um aspecto final mais bonito. Como?

Podemos utilizar ela como um tipo de defensa em torno de todo o casco ou somente parte dele. Dessa forma, ao se chocar com algum obstáculo ou outra embarcação, não haverá nenhuma avaria.
Além do mais o aspecto final depois de instalada é bem legal. Veja as fotos abaixo:

Para colar a correia dentada dá um pouquinho de trabalho. Isso ocorre pois o material que é constituída a mesma é bem duro e além do mais devemos instalar ela do lado contrário ao que normalmente é usado em um motor de veículo. A primeira coisa a se fazer é cortar ela para deixar de ser um círculo. Para cortar será necessário uma boa faca já que o material é bem espesso.

Para colar já usei cola bi-componente (epóxi) e também C.A. (conhecida como Superbonder). Todas as duas funcionam muito bem. Mas para tudo ficar no seu lugar durante a colagem, você precisa prender a correia no casco enquanto tudo seca. A forma mais simples que achei de fazer isso foi enrolando várias voltas de barbante bem firme em torno do casco. E assim deixei por 24 horas para garantir uma perfeita secagem. Afinal, ali existe uma força contrária natural da correia de se soltar já que a mesma é construída em forma de um círculo.

Com relação a proteção oferecida só tenho elogios. Pode se chocar que o casco ficará protegido. Para ajudar nessa proteção é claro que você pode colocar outras defensas de outros tipos, como pneus de borracha e vários outros tipos possíveis. Se preferir também é possível colocar a correia somente em uma parte da embarcação. Tenho um amigo que colocou somente na popa do rebocador dele. Já que nas laterais ele optou por pneu, assim como na proa.

Com relação a compra, digo que é possível encontrar correia dentada facilmente em várias lojas automotivas. Mas minha experiência diz que é melhor ir em uma oficina de carros e arrumar uma já usada, vai sair de graça. Depois é só dar uma boa lavada nela e partir para a instalação. Veja também que existem diferentes modelos de dentes e espessura para cada correia. Eles farão parte do aspecto final do projeto. Por isso se um determinado modelo não te agradar, procure por outro.

Se você montar um barco controle remoto assim, fica fácil

Muitos de vocês podem se deparar com pequenos barcos e lanchas de brinquedo que com um pouco de criatividade têm condições de virarem um barco rádio controlado. Eu mesmo já apliquei essa técnica com alguns barcos. Posso citar como exemplo, a Guliver. A Guliver é uma marca que fabricava brinquedos na década de 80. Entre os seus brinquedos ela fabricou uma série de barcos de plástico. Com cascos lindos de material muito bacana, principalmente para a época. Esses barcos foram feitos em várias versões, alguns até de super heróis.

Os barcos funcionavam de verdade, com o uso de pilhas. Porém eles não eram de controle remoto. Você colocava as pilhas e ligava um interruptor onde o motor girava na velocidade máxima. Aí era preciso ajustar a direção do leme. Todo o ajuste era manual. O leme era um pouco duro para movimentar com a intenção de não sair da posição em que fora ajustado pelo usuário. Então, era só colocar na água e a diversão estava pronta.

Os barquinhos navegavam bem e eram bonitos de se ver. Ainda hoje é possível encontrar modelos desses barcos a venda em sites de “usados”. Eu mesmo já comprei 2 modelos, são eles:
– Guliver LT70
– Guliver Cristina

A LT70 é uma lancha estilo militar. Possui comprimento total de cerca de 40 cm. Já a Cristina faz um estilo civil de um barco usado para lazer. Essa mede 35 cm de comprimento.

Quando as adquiri, ambas ainda tinham os motores originais do barco. E os dois ainda funcionavam perfeitamente. Na LT70 mantive o motor original. Ela não atinge hoje a mesma velocidade do modelo original, pois eu resolvi alimentar com uma tensão menor. Dessa forma o barco pode ser usado por crianças sem o perigo de se chocar violentamente com outros barcos ou até contra algum obstáculo.

Ambas possuem um servo de 9 gramas instalado no leme. O controle remoto usado foi um modelo Turnigy 9X, mas é possível utilizar qualquer modelo nessa adaptação.
Então da próxima vez que vir um barco ou lancha de brinquedo, enxergue ele com outros olhos. Afinal, ele pode virar seu novo barco RC.

O barco controle de remoto que jorra água pela escada magirus

Em muitos projetos se torna necessário o uso de algum artifício com o qual seja possível jorrar água para o alto. Os projetos mais comuns envolvem a criação de barcos rádio controlados que possuem dispositivos tipo mangueiras de incêndio. Existe um motor muito útil para essas funções. Ele está dentro de cada um dos automóveis que existem.

Trata-se do motor do esguichador de água do para-brisas. Esse motor funciona com uma tensão máxima de 12 Volts que corresponde a tensão da bateria do carro. Porém, saiba que é perfeitamente possível alimentar esse motor com uma tensão mais baixa. Fazendo isso ele girará em uma menor velocidade e consequentemente o volume de água que será jorrado será menor. Talvez isso até seja interessante para ajustar o uso desse motor ao seu projeto.

Pois afinal, esse modelo de motor quando alimentado com 12 Volts possui uma força bem grande a água vai bem longe. Então, talvez realmente seja interessante utilizar uma tensão menor. Quem sabe alimentar ele com uma bateria LIPO 2S ou invés de 3S.
Eu já utilizei com as duas tensões e ambas funcionam super bem dentro dos parâmetros que mencionei. Um outro fato importante que também já experimentei é o tempo máximo de funcionamento desse tipo de motor.

Você verá que ele é meio blindado com um invólucro de plástico. Isso faz com que a transferência de calor para o meio externo seja prejudicada. Já fiz um teste onde estressei um motor desses de marca genérica até a queima do mesmo. Ele funcionou por 15 minutos seguidos em parar jorrando a água. Ao longo do teste eu fui monitorando a temperatura do mesmo com a mão. Vi que estava esquentando demais e sabia que o fim dele estava próximo. Depois dos 15 minutos de uso ele fritou. Saiu fumaça e parou de funcionar.

Então a dica é utilizar ele com moderação utilizando-se a alimentação de 12 Volts. Se alimentar com uma tensão menor irá favorecer esse processo de aquecimento que será bem mais demorado. Uma outra coisa que pode ser feita é colocar um dissipador de calor em alumínio no corpo do motor juntamente com o uso de uma pasta térmica para ajudar nessa transferência.

Um outro ponto de grande importância trata da polaridade desses motores. Como a água entra sempre por um ponto específico e sai por outro, se inverter a polaridade do motor ele não vai funcionar adequadamente. Até vai jogar alguma água, mas bem fraca. O motor não queimará caso você inverta, somente o funcionamento desse será prejudicado.

Ah, eu já desmontei um motor desses. Dentro dele é bem simples. Uma pequena peça de plástico faz o papel do pinhão que pressuriza a água. O motor utilizado me parece um 380 ou 390. Dá para reutilizar o motor em algum projeto sem sombra de dúvidas.
Uma outra grande vantagem desse motor é o preço. Não é caro e é algo bem fácil de encontrar em qualquer loja automotiva.

Você nunca pensou nessa forma de gerar fumaça em modelismo

Para quem gosta de modelismo, em vários momentos nos deparamos com a necessidade de gerar fumaça para sair de uma chaminé ou cano de descarga. Sim! Queremos que os modelos se pareçam com o real. E muitas vezes alimentamos os modelos com pilhas e não motores a combustão, dessa forma não tendo o realismo da fumaça.

Gerar fumaça não é um bicho de sete cabeças e temos uma série de possibilidades disponíveis. A mais famosa é com o uso do mesmo material que é normalmente utilizado em festas e discotecas. Esse material é uma espécie é glicerina diluído com água. Porém para gerá-la é preciso aquecer esse material. Aquecer algo dentro de um modelo elétrico pode não ser uma boa ideia. Então eu decidi não seguir por esse caminho na construção de uma chaminé para meu rebocador.

Então um dia em casa vi meu filho fazendo nebulização e saquei que aquele seria um excelente caminho. A fumaça não é tóxica e não custa nada, já que basta colocar água em um reservatório. Sei que esse processo ocorre através de ondas sonoras de altíssima frequência que ao entrar em contato com a água a levam para o estado gasoso. Para minha surpresa o dispositivo transdutor oficial utilizado nos nebulizadores não é tão baratinho. Além do mais, não basta esse transdutor, mas é preciso também montar um circuito que irá fazer com que o mesmo entre em oscilação.

Bom, até aqui já sabia o caminho que iria seguir, porém não como implementar da forma mais barata e simples. Pensei em comprar um nebulizador barato que já resolveria meu problema. Sim, é verdade. Porém o mais barato deles ainda achei caro.
Até que descobri um dispositivo que gera nebulização para ser usado em fontes de água residenciais. A ideia é gerar uma névoa e com a ajuda de LEDs dar um ar diferentes a essas pequenas fontes que colocamos em casa sobre as mesas onde a água fica caindo.
Esse aparelho é facilmente encontrado em lojas on-line e custa bem pouco se comparado a todas as outras possibilidades. O único inconveniente dele é que o mesmo funciona com 24 Volts. É uma tensão um pouco mais alta do que normalmente usamos nos modelos. A minha solução foi ligar em série duas baterias 3S (12 + 12).

Porém agora ainda temos um problema para resolver. A fumaça gerada nesse caso é muito pesada. Precisamos adaptar uma ventoinha para fazer com que a mesma seja impulsionada para fora. A ventoinha pode ser comprada para uma tensão de 12 Volts ou até menos de acordo com sua necessidade.

Dois cuidados devem ser lembrados. Jamais ligar o aparelho sem água, pois caso contrário ele irá queimar. Além disso, lembrar que a fumaça é formada por gotículas de água e por isso é bom proteger partes por onde a fumaça vá passar.
O resultado é bem bacana. Assista o vídeo onde falo os detalhes desse transdutor elétrico e o veja em ação.