Agora todo mundo pode praticar FPV com pequeno investimento

Uma opção bem simples para ter a experiência do FPV é com o uso de uma câmera que possua WIFI. É bem verdade que o alcance não é alto.

Sistemas de FPV podem ter alcances de vários quilômetros. Isso não é possível em sistemas que utilizam WIFI. Porém, vale pela simplicidade e qualidade de imagem. Se você deseja utilizar em uma distância pequena essa solução é perfeita.
Por exemplo, você pode usar em um barco e pilotar em primeira pessoa. Basta não se afastar muito dele a ponto de perder o sinal. Aqui vale ressaltar uma coisa também. O WIFI gera um pequeno atraso no sinal. Assim a imagem que você está vendo foi captada algum tempo atrás. Quando maior a distância maior é o atraso. Por isso, o uso em modelos que trafegam a baixa velocidade é perfeito.

Você pode comprar um óculos de realidade virtual para colocar seu celular que receberá as imagens via WIFI. Já no modelo, instale a sua câmera que irá transmitir o sinal. O importante é atentar bem a forma como irá prender sua câmera. Afinal, ela não pode cair. Se for um barco, preste atenção à estabilidade da embarcação. Câmeras pesadas se colocadas muito no alto alteram muito o centro de gravidade (c.g.) e isso será sentido na navegação. Dependendo pode fazer com que o barco possa tombar, naufragando.

Você não vai acreditar na corrente que um servo consome

É sabido que os receptores de rádio controle consomem uma corrente baixa. Se olharmos a especificação dos mesmos vamos encontrar esses valores. Mas será que é isso mesmo? Ah, e tem mais. Quando ligamos servos mecanismos o consumo de corrente aumenta, pois agora é preciso alimentar mais motores.

Mas qual será esse consumo de corrente? Será que o mesmo é algo tão pequeno que podemos ligar esse receptor com pilhas comuns? Você deve achar que estou louco falando de pilhas comuns para alimentar o receptor, né? Mas fique sabendo que é possível alimentar com qualquer tipo de bateria. Seja uma LIPO, bateria de chumbo ou pilhas. O importante é você obedecer a tensão correta que nesse caso são 5 Volts.

Então foi essa a experiência que decidi fazer, medir o consumo de corrente dos receptores de rádio controle em funcionamento com servos e ESC com motor. O interessante é que podemos ter esse número meio como base para alguma outra experiência que seja preciso realizar.

É fato que as células LIPO tem uma capacidade de descarga elevada e esse consumo de corrente do receptor é bem pequeno. Mas e se você precisar subdimensionar a bateria do receptor por alguma razão? Qual esse limite? Enfim, vamos ver no vídeo.

Você também pode montar seu controle remoto

Aqui disponho para vocês uma ideia bem legal que envolveu a montagem de um barco, assim como o controle remoto. Sempre me interessei por eletrônica desde pequeno. O meu primeiro contato com componentes eletrônicos foi exatamente para montar um rádio controle. Vi uma revista de eletrônica cuja capa era algo assim: Monte um Controle Remoto Infravermelho. A revista em questão era a Saber Eletrônica. E eu não tinha nem ideia do que era infravermelho, mas resolvi comprar a revista e montar o controle.

Próximo de casa existiam duas lojas de eletrônica. Fui na maior delas para comprar os componentes e para minha surpresa não tinham vários deles. Com os poucos componentes que comprei fui iniciar a montagem onde soldei um componente diretamente ao outro, sem saber que isso existia e chama-se “aranha”. Bom, o circuito nunca foi terminado de fato.

Mas o mundo da eletrônica se abriu e a partir dali pude conhecer algumas das publicações mensais que eram vendidas nas bancas de jornais e aprender mais sobre o assunto.
Mas não havia desistido de montar um controle remoto. A ideia inicial era para instalar em um carrinho que estava montando, mas tempos depois fiquei maravilhado com os barcos. Eu tinha comprado de um colega um barco semi pronto todo montado em balsa. Então agora a ideia era motorizar o barco com meu novo controle remoto.

Sobre o circuito, montei uma série deles. Vários não funcionaram. Mas por falta de experiência assim como instrumentos de bancada adequados para fazer os ajustes, como frequencímetro por exemplo.
Depois que consegui montar alguns e ver o seu princípio, vi que poderia aumentar mais ainda o alcance do controle remoto caso o receptor fosse mais sensível. Foi quando uma ideia encontrada em alguma revista de eletrônica me fez partir para esse caminho. Ou seja, utilizar um pequeno rádio FM como parte do receptor do controle remoto. Com isso, o alcance ficou muito maior e lembro bem quando o adaptei a uma pequena lancha de plástico.

Esse barco, assim como o rádio controle, ainda tenho e guardo com carinho. Afinal, eu montei tantas coisas quando pequeno, mas a maioria delas se perderam com o passar dos anos. Outras eu mesmo desmontava para usar partes e componentes em uma outra montagem.

O barco possui dois motores com hélices separadas. Dessa forma é possível navegar em qualquer direção. O controle remoto é muito simples e faz parte do que chamamos de controle remoto monocanal. O casco foi comprado na antiga loja chamada Hobbylandia aqui no Rio de Janeiro. Além desse barco tenho algumas outras coisas adquiridas nessa loja.

Nesse vídeo abaixo vocês podem ver que o barquinho ainda funciona adequadamente, o que é muito legal.

Você prefere rádio com stick ou de volante?

A verdade é que varia. Para alguns modelos é imprescindível o uso de rádio controles com stick, como por exemplo aeromodelos. Já para automodelos e nautimodelos, por exemplo, é possível o uso de rádios com stick ou com volante. Aí nesse caso é uma questão de gosto mesmo. Alguns preferem com volante e outros stick.

Nesse vídeo mostro os dois tipos de controle remoto e falo dessas possibilidades. Enfim, dá uma conferida.

Você vai ver quanta corrente consome um receptor com 3 servos

Tensão é um parâmetro e corrente outro completamente diferente. Falando especificamente de corrente vamos medir o consumo de um receptor de rádio controle. Vou ligar nesse receptor um ESC e dois servos. Afinal, qual será o consumo final desse conjunto?

Esse resultado é interessante pois podemos dimensionar adequadamente a alimentação do mesmo para o caso de precisarmos alimentar com uma bateria que forneça uma corrente mais baixa.
Vamos ver o resultado nesse vídeo:

Onde você pode conseguir materiais para a construção dos acabamentos dos barcos

Você pode não imaginar mas é possível utilizar vários materiais que iriam para o lixo com outras finalidades. No caso você só precisa enxergar por outro ângulo a aplicação desse lixo, ou melhor desses fittings. Esse é um nome ao pé da letra para acessórios traduzindo do inglês. Uma tampinha de refrigerante pode virar parte de um farolete. Sim, pinte ela e coloque um LED dentro, faça um suporte de arame para ela e pronto.

Uma série de materiais podem ser tratados segundo essa regra. Eu mesmo faço isso demais. Já mostrei aqui alguns artigos e vídeos que estão postados em meu canal no YouTube onde detalho alguns desses usos. Eu acho que a forma como isso deve ser feito é mais ou menos assim:
– Olhe a planta ou a foto do modelo em questão.
– Procure nela pela parte ou acessório que precisa construir.
– Depois disso vá até lojas que vendem materiais de bricolagem e acessórios para casa. Vá passeando pelos corredores mas olhando tudo com olhos de inventor. Ou seja, o que você pode comprar para colocar naquela parte do projeto.

Com prática você vai aprimorando essa técnica que é a forma como faço frequentemente. Assista no vídeo abaixo mais uma série de dicas que dou a respeito desse assunto.

Câmera realidade virtual com WIFI

Essa é uma forma simples e barata de fazer uso de primeira pessoa ou FPV. Mas veja que a dica só funciona para usos bem próximos. Até porque a transmissão é feita via WIFI. Eu uso muito para nautimodelismo. Você pode embarcar essa pequena câmera no seu modelo e comprar um óculos VR para adaptar seu celular. Depois é só transmitir. Simples, né?

O seu motor brushless tá girando para o lado errado? Saiba o que fazer.

Os motores do tipo sem escovas (brushless) possuem 3 fios de forma bem diferente dos motores escovados que possuem somente 2 fios. Com dois fios dos motores escovados a ligação a alimentação se torna simples onde sabe-se qual o positivo do motor e qual o positivo no ESC. Porém no caso dos motores brushless isso não é simples assim, pois existem 3 fios no ESC. E para os novatos fica a dúvida – Como ligar? Quem é o positivo?
Por vezes depois da ligação o motor até passa a girar para o lado que não queremos. O que fazer?

Acontece que nesse caso não existe uma ligação correta em sequência a ser observada. Pode ligar os 3 fios do motor brushless em qualquer um dos três fios do ESC brushless. Assim que você atuar no stick do seu rádio o motor irá entrar em funcionamento.
Pode ser realmente que ele esteja girando em um sentido que não é o que você deseja. Para resolver essa questão é muito simples. Basta inverter quaisquer dois fios do motor que ele irá girar para o outro lado.

Uma outra possibilidade de inverter o sentido do motor é no rádio. Em rádios com mais comandos e controles, é possível inverter a rotação por lá.
Dá uma olhada na explicação no vídeo abaixo.

Você não imagina o que a correia dentada faz em um barco

Quem disse que correia dentada é para ser usada somente nos motores dos automóveis? Pois é, brincadeiras a parte, a correia dentada pode ter uma série de aplicações. Na área do nautimodelismo ela vem ajudar muito na proteção das embarcações e também dando um aspecto final mais bonito. Como?

Podemos utilizar ela como um tipo de defensa em torno de todo o casco ou somente parte dele. Dessa forma, ao se chocar com algum obstáculo ou outra embarcação, não haverá nenhuma avaria.
Além do mais o aspecto final depois de instalada é bem legal. Veja as fotos abaixo:

Para colar a correia dentada dá um pouquinho de trabalho. Isso ocorre pois o material que é constituída a mesma é bem duro e além do mais devemos instalar ela do lado contrário ao que normalmente é usado em um motor de veículo. A primeira coisa a se fazer é cortar ela para deixar de ser um círculo. Para cortar será necessário uma boa faca já que o material é bem espesso.

Para colar já usei cola bi-componente (epóxi) e também C.A. (conhecida como Superbonder). Todas as duas funcionam muito bem. Mas para tudo ficar no seu lugar durante a colagem, você precisa prender a correia no casco enquanto tudo seca. A forma mais simples que achei de fazer isso foi enrolando várias voltas de barbante bem firme em torno do casco. E assim deixei por 24 horas para garantir uma perfeita secagem. Afinal, ali existe uma força contrária natural da correia de se soltar já que a mesma é construída em forma de um círculo.

Com relação a proteção oferecida só tenho elogios. Pode se chocar que o casco ficará protegido. Para ajudar nessa proteção é claro que você pode colocar outras defensas de outros tipos, como pneus de borracha e vários outros tipos possíveis. Se preferir também é possível colocar a correia somente em uma parte da embarcação. Tenho um amigo que colocou somente na popa do rebocador dele. Já que nas laterais ele optou por pneu, assim como na proa.

Com relação a compra, digo que é possível encontrar correia dentada facilmente em várias lojas automotivas. Mas minha experiência diz que é melhor ir em uma oficina de carros e arrumar uma já usada, vai sair de graça. Depois é só dar uma boa lavada nela e partir para a instalação. Veja também que existem diferentes modelos de dentes e espessura para cada correia. Eles farão parte do aspecto final do projeto. Por isso se um determinado modelo não te agradar, procure por outro.

Se você montar um barco controle remoto assim, fica fácil

Muitos de vocês podem se deparar com pequenos barcos e lanchas de brinquedo que com um pouco de criatividade têm condições de virarem um barco rádio controlado. Eu mesmo já apliquei essa técnica com alguns barcos. Posso citar como exemplo, a Guliver. A Guliver é uma marca que fabricava brinquedos na década de 80. Entre os seus brinquedos ela fabricou uma série de barcos de plástico. Com cascos lindos de material muito bacana, principalmente para a época. Esses barcos foram feitos em várias versões, alguns até de super heróis.

Os barcos funcionavam de verdade, com o uso de pilhas. Porém eles não eram de controle remoto. Você colocava as pilhas e ligava um interruptor onde o motor girava na velocidade máxima. Aí era preciso ajustar a direção do leme. Todo o ajuste era manual. O leme era um pouco duro para movimentar com a intenção de não sair da posição em que fora ajustado pelo usuário. Então, era só colocar na água e a diversão estava pronta.

Os barquinhos navegavam bem e eram bonitos de se ver. Ainda hoje é possível encontrar modelos desses barcos a venda em sites de “usados”. Eu mesmo já comprei 2 modelos, são eles:
– Guliver LT70
– Guliver Cristina

A LT70 é uma lancha estilo militar. Possui comprimento total de cerca de 40 cm. Já a Cristina faz um estilo civil de um barco usado para lazer. Essa mede 35 cm de comprimento.

Quando as adquiri, ambas ainda tinham os motores originais do barco. E os dois ainda funcionavam perfeitamente. Na LT70 mantive o motor original. Ela não atinge hoje a mesma velocidade do modelo original, pois eu resolvi alimentar com uma tensão menor. Dessa forma o barco pode ser usado por crianças sem o perigo de se chocar violentamente com outros barcos ou até contra algum obstáculo.

Ambas possuem um servo de 9 gramas instalado no leme. O controle remoto usado foi um modelo Turnigy 9X, mas é possível utilizar qualquer modelo nessa adaptação.
Então da próxima vez que vir um barco ou lancha de brinquedo, enxergue ele com outros olhos. Afinal, ele pode virar seu novo barco RC.